Rixas e desentendimentos: os motivos da separação de Chen Tang Jie e Toh Ee Wei
Após ascensão meteórica, duplistas malaios tiveram queda ainda mais rápida

A temporada de 2025 da seleção da Malásia não é empolgante em termos de resultados, pois vem acumulando um montante de marcas negativas em quadra. A situação é tão embaraçante que a Associação de Badminton da Malásia (BAM) foi forçada a abrir mão de sua principal dupla mista: Chen Tang Jie e Toh Ee Wei, que ocupavam a posição número 4 do ranking mundial.
O caso envolvendo os dois badistes é extremamente antigo internamente falando, mas chegou a um ponto tão crítico que a péssima relação entre os ex-parceiros virou pública e caiu como uma bomba na imprensa especializada, sobretudo em solo malaio. Em resumo, eles encerraram definitivamente a união por causa de um grande acúmulo de rixas e desentendimentos que tiveram início - até onde se sabe - nos Jogos Olímpicos de Paris, na França, em agosto do ano passado.
O treinador de duplas mistas da Malásia, Nova Widianto, mencionou que os dois chegaram a treinar separadamente por causa de intensas discussões durante o período pós-olímpico, mas sempre se resolviam e voltavam a jogar juntos. No entanto, alguma coisa muito grave aconteceu recentemente, ainda não revelada, que tirou Tang Jie e Ee Wei completamente da casinha. Na visão do técnico, eles “não conseguiam lidar com as altas expectativas”.
Embora a BAM tenha feito tudo ao seu alcance para evitar a ruptura total, além de vários veteranos opinando publicamente que encerrar a parceria não seria uma sábia decisão, os dois romperam oficialmente em 28 de março, pouco tempo depois da vexatória eliminação na primeira rodada do All England Open, evento Super 1000. No dia seguinte, Ee Wei já não tinha mais nenhuma foto nas redes sociais ao lado do antigo companheiro de equipe.
Rexy Mainaky, diretor técnico da BAM e chefe do departamento de duplas da entidade, acredita que as personalidades contrastantes dos duplistas desempenharam um papel importante na separação após 28 meses de união. O experiente gestor apontou que Tang Jie é bastante reservado, enquanto Ee Wei é extremamente agitada e não gosta de perder.
“Uma dupla mista é como um relacionamento entre marido e mulher. Haverá brigas. Ee Wei é extrovertida e, normalmente, não gosta de perder, enquanto Tang Jie é um cara bem reservado. Essas diferenças às vezes aumentam em torneios, onde afetam seus desempenhos. Isso elevou a frustração deles, então separá-los e dar-lhes novos parceiros tornou-se inevitável”, lamentou.
Mainaky tem total razão, pois os resultados dos atletas depois das Olimpíadas de Paris, sobretudo na atual temporada, foram simplesmente horrorosos, não condizentes com a quarta melhor dupla mista do mundo. A partir de agora, ao menos pelos próximos cinco eventos, Ee Wei atuará ao lado de Loo Bing Kun, enquanto Tang Jie tentará reencontrar a boa forma junto com Chan Wen Tse.
Os dois formavam uma excelente dupla e arrastaram uma multidão de fãs dentro da Malásia em virtude de suas respectivas personalidades e estilos de jogo, sem contar que os vários bons resultados conquistados chamaram muita atenção. No geral, a ascensão dos parceiros foi extremamente rápida, mas não tanto quanto a queda.
Para quem estava otimista em vê-los voltar a ficar juntos, parece que a distância tomada entre os dois badistes não é um até logo. Caso Ee Wei e Tang Jie não se adaptarem com os novos parceiros, será a seleção da Malásia que sairá perdendo nessa situação - e muito.
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