Instituto Ivan Guedes: Projeto social que virou potência no badminton de MG
Equipe de Montes Claros é treinada e representada pelo badiste Lucas Emanuel
O estado de Minas Gerais vem mostrando ser uma importante força no cenário nacional do badminton e uma das equipes que contribuíram grandemente para essa positiva escalada foi o Instituto Ivan Guedes, que tem sua base na cidade de Montes Claros, quase 430 quilômetros de distância de Belo Horizonte.
Em apenas três anos do projeto social, a equipe amarela-vermelha é figurinha carimbada em eventos nacionais e estaduais, tanto no convencional quanto no parabadminton. Já uma realidade em território mineiro, o Instituto Ivan Guedes garantiu 36 medalhas na mais recente etapa do Campeonato Estadual e se transformou em um gigante, sobretudo nos eventos juniores, sendo o seu carro-chefe.
O responsável por coordenar de forma magnífica toda essa garotada e ser o principal porta-voz do time montes-clarense é o jovem badiste, treinador e “tio” Lucas Emanuel. Rapaz de sorriso largo e de boa prosa, o atleta, apelidado de “Tanque” internamente, recebe o auxílio do diretor técnico Eduardo Lee Murça e o objetivo é exatamente marcar presença no máximo de competições possíveis.
“O Ivan Guedes, como é um projeto social, é voltado mais para a comunidade e com projetos direcionado mais para as crianças. Porém, eu e o Eduardo sempre gostamos bastante de competir e a gente está tentando marcar presença nos nacionais e estaduais. Nosso intuito é, sim, virar um potência não somente em Minas Gerais, mas também nacionalmente”, disse Emanuel em entrevista ao A Peteca, concedida exatamente no dia da Copa São Caetano do Sul, em São Paulo.
O badiste, que garantiu um quarto lugar na categoria “A” da simples masculina do torneio amistoso ocorrido na região do ABC, viajou uma longa distância com o intuito de transmitir aos seus atletas em Montes Claros a experiência obtida contra fortes adversários na capital paulista. O atleta-treinador, inclusive, mencionou que São Paulo “sempre foi uma referência muito grande”, assim como o Rio de Janeiro, citando o Miratus, do emblemático Sebastião Oliveira, pai de Ygor Coelho e de Donnians Oliveira.
“A minha missão em São Paulo, inclusive é o que falo lá [em MG], é ir buscar experiência para passar aos meus alunos. Nós temos essa meta de participar dos Estaduais e dos Regionais. Basicamente, o objetivo é pegar um pouco dessa experiência paulista e levar à Minas para também virarmos uma potência”, comentou.
Um fato bastante curioso e importante é que, embora seja um projeto novo, o departamento de badminton do Instituto Ivan Guedes já alcançou a Europa, mais precisamente a Dinamarca, principal força do esporte de raquete mais rápido do mundo no Velho Continente. A história gira entorno de Ana Clara e Lorena, que atuavam na equipe e se mudaram para terras dinamarquesas, conseguindo cavar vaga em um clube local. Elas surpreenderam tanto que já se preparam para o primeiro campeonato na nova aventura.
“A gente fica muito feliz com isso. Ano que vem, elas vão voltar a passeio, mas a meta delas e da família não é ficar permanentemente por lá. Elas pretendem voltar e vamos recebê-las super bem. Há uma troca de experiências: elas mandam mensagens e falam dos treinamentos de lá, tanto que até a treinadora me enviou um áudio através delas fazendo um agradecimento. É muito gratificante ver suas crias saírem da sua base e brilharem em outros palcos nacionais e internacionais”, afirmou.
O avanço edificado pelo Instituto Ivan Guedes eleva o calibre do badminton mineiro e o deixa em maior evidência, principalmente se recordarmos de outros fortes clubes do estado, como Badminton Montes Claros (MOC), Associação Atlética Banco do Brasil (AABB-BH) e Associação de Badminton de José Raydan (ABJR). Emanuel avaliou que ainda há algumas melhorias que precisam ser feitas, mas vê com bons olhos o futuro da modalidade em Minas Gerais.
“Acredito que estamos nos fortificando cada vez mais. Minas apresenta um potencial muito grande, não apenas na base, que vem vindo bem reforçada. Tem tudo para a gente virar uma nova potência nacional, pois Minas tá chegando com uma base forte. O que esperamos é justamente o futuro, já que nossa base está sendo bem preservada”, concluiu.
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