Bicampeão nacional em 2025, Davi Haigert mira evolução e sonha com Olimpíadas
Badiste do Clube Curitibano vem trabalhando com 'disciplina' e 'comprometimento'

Tricampeão nacional, campeão sul-americano e tricampeão sul-brasileiro, o badiste Davi Assumpção Haigert, de apenas 11 anos, compete atualmente na categoria sub-13 e já possui um currículo de gente grande. O atleta do Clube Curitibano, do Paraná, teve um início de 2025 especial, pois ganhou a simples masculina nas duas primeiras etapas do Campeonato Nacional de Badminton.
O curitibano, que já se estabeleceu como uma das maiores promessas do Brasil, aparece nas redes sociais sempre com um sorriso largo e exibindo orgulhosamente as suas várias conquistas no esporte de raquete mais rápido do mundo. Recentemente, o atleta até recebeu a chance de treinar no Club Athletico Paulistano ao lado de alguns membros da seleção brasileira.
Em meio aos registros ao lado de Davi Silva, Sâmia Lima, Matheus Voigt, Jonathan Matias e Juliana Viana, Haigert não está totalmente satisfeito e busca seguir evoluindo com muita “disciplina” e “comprometimento” para possivelmente alcançar em um futuro próximo seu principal sonho: os Jogos Olímpicos.
“Meu plano é continuar sempre evoluindo e me manter em alto nível para poder participar de todas as competições nacionais e internacionais possíveis. Meu objetivo é chegar o mais longe possível, quem sabe até ter o privilégio de participar de uma Olimpíada. Sei que o caminho é longo, mas estou focado”, afirmou o paranaense em entrevista ao A Peteca, acrescentando que possui uma rotina de treinamento “bem intensa e focada”.
Quem analisa apenas o momento presente da carreira de Haigert, não imagina que a trajetória do atleta começou de forma despretensiosa em 2019, quando acompanhava seus pais nas aulas de badminton no Santa Mônica e ficava juntando as petecas no chão para o então técnico Cristian que, curiosamente, é o atual comandante da promessa brasileira.
“O Cristian batia umas petecas comigo no final das aulas dos masters e acabei peguei gosto pelo esporte. O Curitibano tem um ambiente sensacional. Destaco o respeito aos limites de cada atleta e o foco e suporte que dão tanto na parte técnica e física quanto na emocional”, comentou.
Com apenas 11 anos, Haigert ainda terá uma longa trajetória nas categorias de base da modalidade, mas já precisa avaliar os desafios que enfrentará em um futuro não muito distante para conseguir disputar mais campeonatos internacionais, visando pontos em ranking mundial e uma eventual classificação olímpica, e seguir marcando presença nos nacionais, que percorrem todo o território brasileiro.
O curitibano tem pouco mais de cinco temporadas de estrada no badminton competitivo e venceu quase tudo que já disputou, mas vivencia na pele as dificuldades da vida de um atleta, sobretudo financeiras, levando em consideração a complicada tarefa de encontrar incentivo. Para se ter uma ideia, recentemente, o medalhista olímpico Yuta Watanabe, após ter deixado a seleção japonesa, admitiu que não estava conseguindo lidar sozinho com os custos de torneios e equipamentos, mas conseguiu patrocínio para ajudá-lo.
“Acho que o badminton vem crescendo muito no Brasil, mas ainda pode melhorar em visibilidade e apoio. Particularmente, eu jogo há cinco anos e somente agora consegui um incentivo da Prefeitura de Curitiba e ainda assim muito abaixo da necessidade para cobrir as despesas do dia a dia e dos torneios”, analisou Haigert.
De todas as formas, o badiste segue seu caminho e tem tudo para trazer diversas alegrias ao badminton brasileiro. Na 1ª Etapa do Circuito Nacional, em Maringá (PR), o anfitrião foi campeão da simples masculina em cima de Enzo Rodrigues, da Miratus (RJ), enquanto na 2ª Etapa, em São Paulo, o ouro foi conquistado após vitória sobre Alexandre Amaral, do Campinas (SP).
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