"Full Experience SBB": Inclusão, clima familiar e badminton de qualidade
São Bernardo Badminton Clube é uma das mais importantes equipes de SP

Três meses após a minha incrível vivência completa como jogador do Itapeti, em Mogi das Cruzes (SP), eu tive a oportunidade e a honra de ter realizado mais um “Full Experience”, porém, desta vez, um pouco mais perto da minha casa: no São Bernardo Badminton Clube, também conhecido pelo acrônimo SBB.
A equipe da cidade de São Bernardo do Campo, em São Paulo, é um importantíssimo time de badminton do estado, pois abrigou diversas figuras relevantes da modalidade e até os dias de hoje é casa de badistes de altíssimo nível, só para citar alguns: Geisa Oliveira, Bruna Vasconcellos, Ayumi Hirota, Eduarda Zamboni e Felipe Perrud. Além disso, é a “base” do presidente da Federação de Badminton e Parabadminton do Estado de São Paulo (Febasp), Manoel Gori.
Acho interessante registrar aqui que o ginásio fica colado com a Escola Municipal de Educação Básica Especial (Emebe) Neusa Bassetto, conhecida por ser um centro de referência em educação bilíngue para surdos. Em razão disso, o clube virou um precioso polo de surdoatletas e boa parte dos frequentadores do SBB acabam aprendendo um pouco e convivendo com a Língua Brasileira de Sinais (Libras), o que achei fantástico.
A minha primeira memória no clube foi um leve susto. A entrada tem uma campainha e o portão estava trancado, então apertei o chamativo interruptor branco, porém, na sequência, um barulho que parecia uma buzina de um navio cargueiro anunciou para toda vizinhança que um tal de Renan Tanandone havia chegado. O interessante é que na parte de dentro do ginásio há uma luz vermelha que, quando a campainha é acionada, ela acende e alerta visualmente os surdos presentes na parte interna que tem alguém esperando na entrada.
O ginásio é bastante conhecido dos badistes paulistas, pois ele já sediou inúmeros eventos estaduais, mas é um espaço vasto e bacana para a prática de badminton, sem contar as várias quadras que podem ser montadas. O local também exibe orgulhosamente em suas paredes alguns troféus conquistados pelo SBB, bem como imagens de momentos importantes.
Em meio ao fim de tarde mais ameno no município do ABC, não demorou muito para que as petecas começassem a voar. Véspera de competição, o treinador Herbert Fusita abriu os trabalhos do departamento de alto rendimento com um treino de movimentação e, claramente, sem moleza para minha pessoa. Na oportunidade, tive a felicidade de dividir as atividades com a jovem Ayumi Hirota, que acumula em seu currículo títulos estaduais, nacionais e sul-americanos.
Após a conclusão da primeira parte, que também rolou alguns fundamentos com diferentes golpes, o negócio ficou mais sério com o início dos jogos de simples, mas valendo somente meia quadra. Além de Hirota, enfrentei Vasconcellos e Oliveira e, para a surpresa de zero pessoas, tomei uma surra de ouro das três badistes, sobretudo de Geisa, pois os meus míseros três pontos foram conquistados através de erros da multicampeã, eleita a melhor surdoatleta de 2024 no badminton.
Por fim, o treino do alto rendimento foi finalizado com embates de duplas, disciplina na qual me sinto mais confortável jogando. Apesar do altíssimo nível das três atletas, acredito que consegui me sair minimamente bem para não atrapalhar e dar jogo. Disputar partidas com elas e observá-las de tão perto, bem como receber orientações do “Mister” Fusita, foi um aprendizado gigantesco, pois as três têm técnicas apuradíssimas e sempre é prazeroso jogar ao lado de badistes desse calibre.
Após tudo isso, acredite se quiser, a noite estava apenas começando, pois foi chegando mais gente para o treino noturno e acabou formando uma turma extremamente animada. Entre o frio e bate papos descontraídos, um dos momentos mais altos do treino foi um jogo de duplas que colocou frente a frente eu e Fusita contra o mandatário da Febasp - de calça jeans e tênis - e Geisa. Já a saideira foi outro duelo de duplas com as divertidíssimas Fatima Ramos, uma das responsáveis pelo SBB, Luciana Kimura e Karina Mekaro.
No geral, a experiência no SBB foi extremamente valiosa, pois combinou o clima familiar, inclusivo e descontraído do ambiente e das pessoas presentes com o altíssimo nível dos badistes que defendem as cores azul e amarela da equipe são-bernardense. Ao meu ver, é um excelente e agradabilíssimo local para a prática da modalidade, recomendo-o fortemente.
Eu só tenho que agradecer o grande carinho que recebi de todos e a maravilhosa recepção, fatores que permitiram que a minha aventura fosse incrível. Me senti em casa desde o primeiro minuto e já não vejo a hora de retornar. Obrigado, SBB.
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Excelente texto e comentários. Só faltou ter ido na terça-feira ou quinta-feira no mesmo local onde um tal de professor Paulo Nunes(o verdadeiro) teria proporcionado outras risadas. Valeu querido!!!Continue nessa empreitada que a família Badminton agradece. Bora!!!