Quarteto de São Paulo brilha nos Jogos Escolares Brasileiros de 2024
Liderado por Rodrigo Ferreira e Herbert Fusita, Time SP faturou 5 medalhas nos JEBs
A cidade de Recife, em Pernambuco, recebeu a edição de 2024 dos Jogos Escolares Brasileiros (JEBs) e o badminton paulista teve uma contribuição importante para que o estado de São Paulo terminasse na liderança do quadro de medalhas do evento, com 87 pódios.
Liderada por Rodrigo Ferreira e Herbert Fusita, a delegação do Time SP, formada pelos badistes Isaque Guedes, Davi Fraga, Elisa Fraga e Ayumi Hirota, conseguiu cinco medalhas, sendo três pratas e dois bronzes. Em número de conquistas, a modalidade ficou atrás apenas da natação (21), do atletismo (17), da ginástica artística (12) e do judô (11).
Apesar de São Paulo não ter conquistado nenhum ouro em Recife, o quarteto desempenhou um nível altíssimo no campeonato, pois rolaram confrontos duríssimos no meio do caminho, e deixou claro os motivos de o estado ser uma das grandes referências do badminton brasileiro. Além disso, os quatro atletas evidenciaram que a modalidade está muito bem servida em matéria de qualidade.
Os irmãos Fraga, Guedes e Hirota possivelmente atingiram uma marca muito interessante nos JEBs, pois todos eles garantiram vaga na série Ouro, principal “divisão” do badminton no evento, um fato que pode ter sido inédito para o esporte no torneio, o que deixa um sabor ainda mais adocicado na boca dos envolvidos na campanha.
“Os atletas foram muito bem preparados por suas equipes e isso facilitou no comando em quadra durante os jogos, então, acredito que contribuiu para que alcançássemos os objetivos. O desempenho foi muito acima dos outros anos, afinal, todos os atletas classificaram para a série Ouro, com a possibilidade de muitas medalhas, tanto que trouxemos cinco de oito possíveis”, analisou Fusita, técnico do São Bernardo Badminton Clube (SBB), em entrevista ao A Peteca.
Ferreira, que comanda o Clube Fonte São Paulo, também elogiou as exibições do quarteto, mas destacou especificamente o “excelente entrosamento” do grupo que competiu em Pernambuco pelo estado.
“Os atletas se deram muito bem desde o começo, tanto entre eles quanto com a comissão técnica. Isso foi um grande diferencial para passarmos ótimos dias juntos lá. De todos os eventos que já participei como este, esta foi a equipe que se entrosou da melhor maneira, e isso foi muito positivo em todos os fatores tanto dentro quanto fora de quadra”, disse o treinador ao blog.
Os dois técnicos, que compartilharam na entrevista muitos elogios um ao outro, também seguiram a mesma linha de raciocínio sobre a importância que essa competição de tão alto nível terá no futuro de cada badiste, não só no esporte de raquete mais rápido do mundo.
“Os JEBs são um excelente evento para formação do aluno/atleta, pois os colocam em contato com diversas realidades. Além da quadra, a troca de vivências e realidades certamente farão com que se tornem pessoas com muito mais respeito à diversidade e cultura de cada região do Brasil”, sublinhou Fusita.
“Eu acredito que o evento foi de grande aprendizado para os atletas. Eles acabam se relacionando com outros atletas que, na maioria das vezes, não são de sua equipe e isso ajuda muito no desenvolvimento de cada um”, completou Ferreira.
Entre os badistes que entraram em quadra em Recife, os JEBs não eram nenhuma novidade para Guedes, pois já havia disputado a edição de 2023 da competição escolar. Mais maduro, principalmente depois de defender o Brasil no Campeonato Pan-Americano Júnior de Aguascalientes, no México, o jovem atleta do Bunka SCS voltou para São Paulo com dois bronzes na simples masculina e na dupla mista.
Ao A Peteca, Guedes destacou os trabalhos de Fusita e Ferreira, além de ter mencionado especialmente a “grande amizade” que desenvolveu com Davi durante o período que permaneceram juntos.
“Os JEBs foram uma experiência única. Por mais que já tenha disputado no ano passado, cada um fez a sua história na minha vida. E, para mim, esse evento teve um grande impacto, pois percebi que, com todo o esforço que venho tendo, estou conseguindo atingir minhas metas, além de estar chegando em um alto nível do badminton brasileiro”, avaliou o badiste.
Alcance do badminton
A popularização do badminton em território nacional, embora o avanço da modalidade em alguns estados brasileiros ainda esteja engatinhando, já é uma realidade. Em diversos textos aqui do blog cheguei a mencionar que a tendência é que o esporte de raquete mais rápido do mundo conquiste cada vez mais adeptos.
Fusita e Guedes destacaram em suas declarações a presença de uma grande quantidade de delegações de diferentes partes do Brasil, que vão do Acre até Rio Grande do Sul.
“Um ponto que chamou atenção positivamente foi a participação de estados que estão iniciando [no badminton], e que nos procuravam para conversar, trocar experiências e informações. Isso demonstra que, em um futuro breve, teremos o badminton sendo praticado cada vez mais pelo Brasil todo”, afirmou o treinador.
Com grande maturidade, Guedes também elogiou a afluência de equipes de diversas partes da nação, mas lamentou o “pouco incentivo” que muitas delas recebem. Essa é uma realidade do esporte como um todo, mas a esperança que fica é de sempre ver melhorias.
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