Nippon inova ao inaugurar quadras exclusivas de badminton
Clube de Arujá (SP) estabeleceu um novo marco nos cenários estadual e nacional do esporte

Em uma manobra inovadora, moderna e corajosa, o Nippon Country Club, localizado em Arujá (SP), inaugurou suas especiais novas quadras de badminton. O mais interessante é que elas foram elaboradas exclusivamente para a prática do esporte de raquete mais rápido do mundo, o que ainda é bastante incomum para o cenário da modalidade até mesmo em nível nacional.
A reforma ou construção de uma quadra poliesportiva já é um enorme desafio para qualquer clube, pois envolve dinheiro, mão de obra, prazo e uma série de outros fatores, mas a dificuldade aumenta ainda mais quando se trata de um espaço dedicado apenas para o badminton, que é um esporte ainda em evolução no Brasil.
O Nippon, que possui um departamento dedicado ao esporte desde 2009, não teve medo de ir além e tomou uma atitude vanguardista com esse gigantesco e importante passo. A ação pode até ter passado despercebida pela mídia de fora do setor do badminton, mas o clube de Arujá contribuiu muito para elevar as condições estruturais da modalidade.
Com a pintura e demarcação das linhas conforme as medidas oficiais definidas pela Federação Mundial de Badminton (BWF), os atletas que pisam nas quadras automaticamente possuem a sensação de estar em um importante torneio organizado pela entidade máxima da modalidade. Elas mergulham o praticante em algo que parecia só ser possível ver de longe nas telas durante os grandes campeonatos internacionais e proporcionam uma experiência completa do que é disputar a modalidade.
Além disso, as recém-inauguradas quadras deixam a visão do atleta mais limpa, já que não será mais necessário se preocupar com as linhas utilizadas em outras modalidades esportivas, como futsal, vôlei e basquete, por exemplo. Para quem é de fora do universo das raquetes e das petecas, é praticamente um inferno lembrar no calor de uma partida qual a linha que determina o limite da quadra de badminton.
“A quadra se destaca como uma das poucas no Brasil exclusivamente dedicadas à prática do badminton. Com demarcações próprias e oficiais para o desenvolvimento dos atletas, conseguimos melhorar significativamente os treinos e formar competidores mais preparados. A nova quadra representa um marco significativo para o badminton não apenas em São Paulo, mas também em nível nacional”, disseram os responsáveis pelo departamento de badminton do Nippon em entrevista exclusiva ao A Peteca.
Além de oferecer um espaço de muita qualidade e contribuir para um significativo aumento no nível técnico e competitivo do esporte, o clube de Arujá quer também aproveitar essa onda para elevar sua quantidade de associados, bem como se estabelecer ainda mais como uma “referência na formação de atletas”.
“O clube tem o potencial de atrair mais adeptos para o esporte, aumentando assim a base de praticantes e fortalecendo a comunidade do badminton. Essa iniciativa pode inspirar outros clubes e instituições a investir no desenvolvimento do esporte em suas respectivas regiões, gerando um impacto positivo em todo o cenário esportivo nacional”, informaram Ricardo Uehara, um dos fundadores do departamento de badminton do Nippon, e Roberto Kaida, atual diretor do departamento.
Antes de prosseguir com o raciocínio do texto, é preciso mencionar a Vanessa Tengan, uma das atuais vice-diretoras, e que foi a ponte para que essa matéria saísse de uma simples ideia.
Levando as aspas anteriores em conta, o Nippon mergulhou com tudo e conquistou números interessantes em um curto espaço de tempo. Inauguradas em fevereiro deste ano, as quadras passaram pelo primeiro grande teste em abril, quando o clube recebeu a 2ª Etapa do Campeonato Regional de Badminton, organizado pela Federação de Badminton do Estado de São Paulo (Febasp). Ao longo do dia, o complexo esportivo sediou um total de 229 confrontos em 12 quadras diferentes. Sim, é bastante coisa e precisa de uma verdadeira força-tarefa por trás disso.
O próximo desafio do Nippon será sediar o tradicional Torneio Intercolonial, que ocorrerá entre os dias 8 e 9 de junho, com disputas em diversas categorias, como sênior, veterano, masters, abertas e jovens. A expectativa é que a presença seja tão grande ou maior em comparação com o registrado no Regional, tanto que até eu vou competir e, ao mesmo tempo, cobrir o evento esportivo por aqui e nas redes sociais.
De todas as formas, a ação do Nippon foi mais uma das várias registradas ao longo deste ano do quanto o badminton evoluiu em apenas quatro meses. Além das quadras em Arujá e das importantes entradas de Botafogo e ABC-RN no universo da modalidade, o simplista Ygor Coelho garantiu vaga nas Olimpíadas de Paris e representará o Brasil no megaevento na capital francesa.
É como bem disse o técnico Filipe Toledo, do Badminton Itapeti, em uma entrevista ao A Peteca: “Sozinhos vamos mais rápido, juntos, vamos mais longe”. A união da modalidade é impressionante e só assim o esporte seguirá em frente com suas estruturas muito firmes.
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