Nippon Challenge: uma montanha-russa de emoções
Torneio de badminton em Arujá recebeu centenas de atletas em dois dias de evento

O Nippon Country Club, em Arujá (SP), completou seu ciclo de torneios anuais com chave de ouro ao organizar uma emocionante e competitiva edição do Nippon Challenge, que reuniu centenas de atletas e pessoas em dois dias frenéticos de um dos eventos amistosos mais tradicionais do badminton paulista.
Em comparação com o Intercolonial, ocorrido em junho, o Challenge promoveu algumas mudanças interessantes e importantes que, pelo menos para mim, fizeram a diferença no momento de fechar a conta para avaliar os pontos que seriam abordados nesta newsletter.
É verdade que as categorias mais elevadas protagonizaram embates de grande qualidade, basta recordar da absurda aula de badminton que deu a dupla formada por Vinicius Enzo Sugiura e Paulo Fam. Seguindo a mesma linha de raciocínio, como não recordar do épico 30 a 29 no terceiro game da simples masculina “B” protagonizado por Gabriel Hiraoka (CPB) e Fabrício Kakazu (Sugiura).
Em meio a tudo isso, adoraria destacar especificamente no texto a abertura competitiva do nível “Iniciante”. As sensações eram praticamente as mesmas entre quase todos os participantes: mãos trêmulas, ansiedade, nervosismo e o pensamento de só “passar a peteca para o outro lado”.
A categoria, uma das novidades do Challenge, reuniu dezenas de badistes novatos que praticam a modalidade há pouco tempo e sequer imaginariam estar disputando um torneio de badminton. Eu vou além, pois muitos estavam competindo em um evento esportivo pela primeira vez em suas vidas, tanto que vários levaram toda a família para acompanhar esse momento inédito e tão importante.
Lágrimas caíram em virtude da derrota, que logo foram contidas por palavras de carinho e incentivo, e sorrisos vieram com vitórias e conquistas, como o título conquistado por um pai ao lado de sua filha na dupla mista. Creio que todos levaram o torneio muito a sério, porém, para diversos membros do “Iniciante” foi bem mais que apenas uma competição de badminton.
Luca Benesi, atleta e técnico da Competition, destacou em entrevista ao A Peteca a infraestrutura e a organização do Nippon, mas deu ênfase para a abertura da categoria “Iniciante”, principalmente por ter tido maior adesão de seus alunos.
“Dessa vez, tivemos a grata surpresa da categoria ‘iniciante’, que agregou ainda mais para os meus alunos participarem. Praticamente 50% das nossas inscrições foram na categoria ‘iniciante’, tanto aberto como no sênior, e fiquei muito feliz porque pude incentivar os alunos, que estão ainda aprendendo a jogar, a já terem a sua primeira experiência de torneio”, afirmou.
O departamento da modalidade do Nippon Country Club, que organizou a competição e contou com o auxílio de membros de outras entidades no “Dia D”, definiu a edição como “excelente” e “impecável”, principalmente pelos feedbacks positivos recebidos no pós-torneio. No entanto, a alta cúpula do badminton do clube arujano pregou a necessidade de "sempre melhorar” para as próximas competições.
Após participar de quatro torneios no Nippon, cheguei a uma conclusão que é quase impossível não ter um evento caótico em matéria de deveres, pois praticamente ninguém tem tempo para descansar, mas senti que o Challenge ocorreu de forma mais fluida - mesmo com o trânsito ameaçando o planejamento -, já que uma terceira quadra foi disponibilizada.
“O Nippon Challenge é sempre um torneio muito esperado por todos! Por ser amistoso, os iniciantes podem jogar o seu primeiro campeonato, conhecendo outras equipes, se divertindo e fazendo novas amizades! E para os veteranos é maravilhoso ser acolhido em um clube tão gostoso, com pessoas muito queridas. Passamos dois dias realmente incríveis, jogando, torcendo, arbitrando e assistindo a jogos sensacionais”, destacou Patty Maeda, do Acenbo, mãe dos jovens badistes André e Bruna Maeda.
No geral, além de promover várias ideias curiosas e inovadoras, como a medalha de quase 30kg que tem a possibilidade de se separar da fita, o Challenge também manteve algumas tradições, entre elas a famigerada bancada do Paulo Fam, onde a galera pode comprar grips, raquetes, tênis e, principalmente, encordoar. No meu caso, adquiri uma Nanoflare 700, da marca japonesa Yonex, produto no qual vou fazer um review em texto aqui no Substack em um futuro não muito distante.
O Nippon novamente proporcionou bastante badminton e dias maravilhosos com o Challenge, oferecendo uma oportunidade de nos testarmos, fazermos novas amizades e rever pessoas queridas. Leitor (a), desculpe quebrar o ritmo do texto mais uma vez com uma visão minha sobre o contexto, mas conheci pessoalmente várias pessoas com quem tinha contato apenas virtual e foi maravilhoso!
Mesmo com o departamento do clube tentando organizar o melhor campeonato possível para nós, sempre haverá reclamações de alguém ou pontos a ser revisados para futuras edições, mas é válido recordar que o Nippon mata praticamente um leão por dia para conseguir proporcionar essa experiência. Posso dizer com propriedade que os eventos do esporte de raquete mais rápido do mundo estão progredindo por lá conforme o tempo.
Fecho esse texto com um agradecimento ao Nippon por ter proporcionado um torneio incrível, além de novamente receber todos da melhor forma possível. Estico a mensagem para as pessoas que, de alguma forma, recordaram e elogiaram meu trabalho no A Peteca, fiquei extremamente grato e feliz com a energia, que deu mais forças para prosseguir com o projeto.
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