Manoel Gori vence eleição apertada e segue no comando da Febasp
Atual gestor completará mais de duas décadas na liderança da entidade
Em uma longa Assembleia Geral das Entidades marcada pelo clima de tensão do início ao fim, Manoel Eduardo Galves Gori, representante da Chapa 1, venceu Filipe Toledo, da Chapa 2, e foi reeleito presidente da Federação de Badminton e Parabadminton do Estado de São Paulo (Febasp), entidade que comandará até o fim de 2028, quando terá mais de 20 anos na liderança.
O resultado foi bastante apertado, pois pouquíssimos votos separaram Toledo e Gori na disputa, que terminou 15 a 11 para o atual mandatário. Além disso, houveram 14 procurações.
Eu até gostaria de revelar ao público as opções escolhidas pelos 26 clubes, inclusive para informar os frequentadores destas entidades sobre quem os gestores dos locais resolveram apostar na eleição, em contrapartida, não será possível, pois foi escolhido que o voto seria “fechado”, ou seja, ninguém sabe quem votou em quem, ao menos na teoria.
[ATUALIZAÇÃO - 10/12/24] - Após alguns dias da solicitação, o presidente eleito da Febasp deu uma breve declaração sobre a vitória na eleição: “Vamos agora continuar o trabalho e fortalecer ainda mais rumo a 645 municípios do Estado de São Paulo”, disse o mandatário, acrescentando que irá em breve me enviar as propostas do mandato.
De todas as formas, as entidades paulistas - parte delas - que compõem a Febasp julgaram ser melhor manter Gori na presidência em vez de dar um “F5” na entidade, aquela atualizada básica no recinto. Posso estar enganado, porém, é bem provável que o gestor tenha passado pelo pleito mais desafiador da sua trajetória como presidente, pois 11 entidades se manifestaram a favor de uma mudança, o que não é pouca coisa, sem contar que forçará o presidente a trabalhar ainda mais.
Fenômeno nas eleições para a Prefeitura de São Paulo e em outros pleitos internacionais que já cobri como jornalista, o chamado “voto envergonhado”, quando os eleitores omitem em qual candidato vão votar por vergonha ou outro fator, pode ter atrapalhado ou auxiliado Toledo e Gori, principalmente naquele momento tenso de fechar a conta de quantos votos seria possível ter, mas, no fim do dia, o número foi menor ou maior.
Acredito que todos têm conhecimento disso, mas o objetivo do “A Peteca” é passar o máximo possível da realidade do badminton nacional, tanto que é um projeto que não tenho ganhos financeiros, é feito do coração e busca tratar com carinho essa modalidade, tão maltratada por decisões dúbias e ignorantes. A polêmica dos mascotes da Confederação Brasileira de Badminton (CBBd) é um exemplo claríssimo de que muitas pessoas estão completamente alheias ao que ocorre. Sim, galera, eu estou acostumado em ser considerado o “chato” nos lugares ou não ser bem visto por buscar a verdade e passar a realidade, quem é jornalista entende dos desafios.
Dito isso, apesar de toda transparência e diplomacia, não vou conseguir informar vocês, leitores e leitoras, sobre como será a gestão de Gori ou pelo menos teorizar, pois o presidente eleito novamente ignorou minhas mensagens e não quis enviar suas propostas ou dar uma declaração sobre a própria vitória na eleição. Como sempre, sigo à disposição para receber o material.
Aproveitando a deixa, gostaria muito de agradecer aos vários leitores (fiquei muito surpreso) que elogiaram a imparcialidade e transparência no texto pré-eleição. Eu adoraria ter esticado mais o parágrafo dedicado à Chapa 1, mas não recebi conteúdo algum, então ficou meio complicado de passar para vocês como será a filosofia de trabalho dos vencedores do pleito.
Pensando com meus botões, a Febasp tem o mesmo líder há 17 anos, então será difícil imaginar uma mudança tão grandiosa na entidade nos próximos quatro, mas não é impossível haver algumas breves melhorias ou atualizações em algumas questões básicas, como melhor funcionamento do site oficial, redes sociais, etc. Na prática, a filosofia e o modus operandi serão literalmente os mesmos, fatores que desagradam alguns e agradam outros, pois há muitas pessoas que preferem aquela rotina e não gostam de mudanças.
Assim como é o dever de qualquer cidadão fiscalizar e cobrar os gestores municipais e nacionais, é também o dever de todos os badistes e entidades fazer exatamente o mesmo no universo das raquetes e das petecas. Independentemente de quem estiver sentado na cadeira preta de couro, devemos cumprir nosso papel, pois cada decisão dos gestores impactará diretamente o esporte, os clubes e os atletas.
As eleições da Febasp serão acompanhadas por outros pleitos de federações estaduais pelo Brasil, entre elas Ceará, Paraíba e Amazonas. Aliás, aproveito para deixar um muitíssimo obrigado à Federação de Badminton do Estado do Ceará (Febace) pelos recentes elogios da minha cobertura sobre badminton, não sabe o quanto isso é importante!
Voltando ao cenário paulista do esporte de raquete mais rápido do mundo, um novo ciclo terá início a partir do próximo ano e vamos ver como a federação do estado mais populoso e rico do país se comportará. Desejo ao Gori e todos os membros de sua chapa bastante sabedoria e sucesso na nova aventura na liderança da Febasp.
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