Indonésia e Marín quebram longos jejuns no Aberto da Inglaterra
Em grande performance, país asiático faturou duas categorias em Birmingham

Torneio de badminton mais antigo da história, o prestigiado Aberto da Inglaterra, que é um evento super 1000, foi encerrado de forma muito positiva para a Indonésia, vencedora de duas categorias, e a simplista espanhola Carolina Marín, que voltou a conquistar o torneio em Birmingham depois de nove anos.
Antes de falarmos sobre os campeões, vale destacar que a competição britânica teve vários acontecimentos que não podem ficar de fora do texto. A primeira delas foi a inovadora quadra com tapete de cor acinzentado, que chamou atenção no início, mas parece que o público acabou acostumando com a coloração.
Outro ponto a se destacar, que não é muito positivo, foi a polêmica eliminação de Gregoria Tunjung na simples feminina por um flash de uma câmera de um torcedor. A atleta asiática foi atrapalhada mais de uma vez pela tecnologia, sendo que em uma das ocasiões foi no matchpoint de Akane Yamaguchi, e saiu de quadra extremamente insatisfeita com a conduta dos fãs e do árbitro.
Além disso, o dinamarquês Viktor Axelsen foi prejudicado em um lance na partida contra Anthony Ginting pelas quartas de final da simples masculina. Durante uma troca bem próxima da rede, o atleta indonésio invadiu a quadra do adversário com a raquete e tocou a rede com o instrumento, mas tudo isso só foi perceptível em câmera lenta. A infração não foi vista pelo árbitro, o escandinavo foi eliminado e deixou a quadra bem frustrado.
Indonésia brilha em Birmingham
A Indonésia foi a principal atração do super 1000 britânico, pois faturou duas categorias em uma mesma edição pela primeira vez desde 2014, quando a nação conquistou os títulos de duplas masculinas e mistas. Em 2024, o país voltou a vencer entre os homens, mas se destacou por ter quebrado um longo jejum na simples.
O feito de Jonatan Christie, protagonizado em cima do compatriota Ginting, foi muito importante para o badminton indonésio, já que o país não ganhava a categoria masculina na Inglaterra desde 1994, quando Hariyanto Arbi derrotou Alan Budikusuma.
Aos 26 anos, Christie passou por uma longa jornada até chegar na final contra o próprio amigo Ginting, já que envolveu vitórias sobre os excelentes Kunlavut Vitidsarn (7º), Shi Yuqi (2º) e Lakshya Sen (18º). Além de ver os dois finalistas, a Indonésia pode se orgulhar com o positivo campeonato de Chico Aura Dwi Wardoyo (29º).
Nas duplas masculinas, Fajar Alfian e Muhammad Ardianto (7º) foram praticamente perfeitos em defender seu título em território inglês. Os bicampeões perderam somente um set no decorrer da competição, que foi contra os medalhistas olímpicos Wang Chi-lin e Lee Yang (10º). Na decisão, a vitória veio em cima dos malaios Aaron Chia e Soh Wooi Yik (5º).
Os duplistas repetiram o feito protagonizado pelos compatriotas Marcus Gideon e Kevin Sukamuljo nas edições de 2017 e 2018 do All England Open. Antes deles, os indonésios Ricky Subagja e Rexy Mainaky também haviam vencido as duplas masculinas em 1995 e 1996.
Carolina Marín de volta ao lugar mais alto do pódio
Após nove anos e duas cirurgias no joelho, a espanhola Marín (5ª) voltou a vencer a simples feminina do Aberto da Inglaterra de badminton. A atleta de Huelva, na Andaluzia, superou a japonesa Yamaguchi (4ª), que desistiu no segundo set em virtude de um problema físico.
Marín, que precisou passar pelas complicadas Wang Zhiyi (9ª), Chen Yufei (2ª) e Tai Tzu-Ying (3ª) durante o processo, não perdeu nenhum set, apesar da enorme qualidade das rivais. Além disso, a espanhola mostrou uma imediata reação depois de ter sido eliminada na primeira fase do Aberto da França, em Paris.

Um dos principais nomes do badminton europeu, ao lado do dinamarquês Axelsen, a campeã olímpica de 2016 não vencia um título no circuito mundial desde o Masters de Orléans de 2023, quando superou a norte-americana Beiwen Zhang. Já o último super 1000 conquistado por Marín havia sido em 2020, no Aberto da Tailândia.
Coreia do Sul e dupla chinesa reconfirmam título na Inglaterra
As sul-coreanas Baek Ha-na e Lee So-hee (2ª) foram protagonistas de um bom Open da Inglaterra que culminou no bicampeonato do país asiático no torneio europeu. As duplistas impediram o segundo título em Birmingham das japonesas Chiharu Shida e Nami Matsuyama (5ª).
Baek e Lee deram prosseguimento ao título vencido em 2023 pelas compatriotas Kim So-yeong e Kong Hee-yong (4ª), que caíram nas semifinais justamente contra as novas campeãs do Aberto da Inglaterra.
A última vez que a Coreia do Sul venceu duas vezes consecutivas as duplas femininas do super 1000 havia sido nas edições de 1994 e 1995, com Chung So-young/Gil Young-ah e Jang Hye-ock/Gil Young-ah.
Outro detalhe curioso é que a dupla formada por Baek e Lee ganhou pela primeira ocasião o All England Open, mas Lee já havia vencido a competição em 2017, quando ainda era parceira de equipe de Chang Ye-na.
Ao contrário das sul-coreanas, os chineses Zheng Siwei e Huang Yaqiong (1º) defenderam com sucesso seu título nas duplas mistas ao vencerem os japoneses Yuta Watanabe e Arisa Higashino (3º), campeões das edições de 2018, 2021 e 2022.
Além de ter dado para a China seu único título na Inglaterra em 2024, Zheng e Huang não perderam nenhum set durante o trajeto e se consagraram tricampeões do prestigiado super 1000. Os dois atletas também ganharam seu segundo Aberto na atual temporada.
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