Febasp passará por eleição mais importante de sua história
Chapas de Filipe Toledo e Manoel Gori disputarão liderança do próximo ciclo
O dia 7 de dezembro de 2024 será uma data extremamente importante para o badminton paulista, pois ocorrerá em São Bernardo do Campo a Assembleia Geral das Entidades, que definirá o novo presidente da Federação de Badminton e Parabadminton do Estado de São Paulo (Febasp).
O pleito colocará frente a frente o atual mandatário da entidade, Manoel Eduardo Galves Gori (Chapa 1), que está no comando há quase 20 anos, e o ex-badiste e treinador Filipe Toledo (Chapa 2), multicampeão em ambas as funções. Esse texto, primeiro do tipo que realizo aqui no A Peteca, terá o objetivo de informar vocês, querido leitor e querida leitora, sobre como ocorrerá esse processo, quem é quem, a importância da eleição, as propostas apresentadas e, por mais bizarro que seja, divulgar que terá uma eleição.
Bom, já que se trata de algo que envolve política, não custa absolutamente nada destacar que a newsletter não penderá para nenhum dos lados, muito pelo contrário, o que passarei aqui é a realidade que um jornalista de quase 10 anos de experiência em redação e cobertura de notícias teve no decorrer do processo. Apenas espero conseguir transmitir de forma clara para vocês as informações mais relevantes sobre a eleição da Febasp. Então, bora lá.
Chapa 1
Encabeçada por Manoel Eduardo Galves Gori, atual presidente da federação, a sua chapa é composta por Clovis Magri (1º Vice-Presidente) e Roberto Aparecido Leal (2º Vice-Presidente) na alta cúpula, além de ter Francisca Vieira de Oliveira, Jorge Ricardo Tarantino, Reginaldo Alexandre do Amaral, Cristina Fumika Mori (suplente) e Alex Zamboni (suplente) como candidatos para o Conselho Fiscal da entidade.
A pedra angular da candidatura de Gori, figurinha carimbada no cenário do badminton paulista, será a sua experiência na liderança da entidade, pois ocupa a presidência há quase duas décadas e tem um bom conhecimento desse universo. Conforme algumas fontes consultadas para a matéria, o atual mandatário fez um positivo trabalho no período e moldou a Febasp que conhecemos hoje em dia.
Além disso, o próprio Toledo, oponente de Gori na próxima eleição, elogiou o trabalho de quase 18 anos da federação em um post nas redes sociais, embora tenha destacado a necessidade de novos ares.
Contudo, eu não vou conseguir me esticar muito sobre a Chapa 1, ao menos momentaneamente, pois procurei o candidato para entender melhor suas propostas e não obtive retorno, além de ter sido impedido de usar o logo da Febasp em minhas produções. No entanto, sigo à disposição para receber o material.
Chapa 2
Deixando de lado o conceito de “oposição” e pregando a ideia de “continuar [o trabalho] com evolução”, a Chapa 2 aparece como uma alternativa para o comando da Febasp. Encabeçada por Filipe Toledo, ela possui como vices Filipe Lima e Agnes Noda, além de ter Paulo Sergio Kaineng Cruz, Pedro Pahor, Gustavo Hoshino, Celso Wolf Júnior (suplente) e Rafael Lajusticia (suplente) no Conselho Fiscal.
Toledo, que lidera uma chapa com nomes bem conhecidos da modalidade em SP e treina as equipes do Itapeti, do Bunka SCS e do Kosmos, passou por mais de 40 países dos continentes americano, asiático e europeu com objetivo de se capacitar e profissionalizar ainda mais no esporte. Como atleta, o ex-jogador disputou ligas no Velho Continente, entre elas os Campeonatos Tcheco e Dinamarquês.
Ao contrário da Chapa 1, os membros (ênfase no plural) da Chapa 2 me encaminharam as propostas até mesmo antes de eu fazer qualquer solicitação, passando a sensação que estão com muita fome de trabalho. No geral, os planos de ação da equipe possuem nove tópicos: modernização da gestão, capacitação e desenvolvimento técnico, expansão de parcerias e estabilização dos pontos de venda, promoção do badminton, criação de calendário de competições escolares e universitárias, criação da Liga Paulista Interclubes, reajuste do tamanho e volume dos Estaduais e Regionais, transmissão televisiva das competições e projeto de captação de patrocínio.
Ainda de acordo com os planos apresentados por Toledo, a Chapa 2 pretende já em 2025, caso vença o pleito, manter uma taxa de expansão de 20% a 30%, com foco inicial nas regiões metropolitanas. Além disso, há o desejo de organizar mais clínicas e workshops para formação de árbitros e técnicos e, por fim, tentar garantir espaços mais adequados para a prática do esporte.
A apresentação acrescenta que pretende transformar os torneios em grandes eventos, atrair patrocinadores e elevar a participação do público. O grupo também mira desenvolver a chamada “Seleção Paulista”, participar de torneios nacionais e internacionais e fortalecer ainda mais a força do parabadminton estadual.
“Nosso projeto não é só de ideias, mas de ações práticas que visam o desenvolvimento contínuo do badminton e do parabadminton em São Paulo. Acreditamos que é possível crescer de forma ainda mais estruturada e eficiente, com foco na formação de atletas e paratletas, na melhoria da gestão e no uso de novas tecnologias para otimizar processos”, escreveu Toledo em suas redes sociais.
Na prática, através de uma gestão sustentável, rentável e colaborativa, a Chapa 2 mira escrever um novo capítulo na história do badminton paulista e torná-lo novamente uma referência em território nacional. Indo mais a fundo, Toledo e companhia pretendem destacar e valorizar todos os atletas da modalidade, como eu e você.
Para não deixar esse texto parecendo uma Bíblia, já que o planejamento da equipe de Toledo é bem ampla e completa, vou disponibilizar um hyperlink que vai te direcionar até todas as propostas da chapa. Além disso, colocarei logo abaixo o vídeo publicado pelo Toledo no Instagram.
HYPERLINKS: PROPOSTAS DA CHAPA 2
Quem pode votar e onde será?
A votação não é nada semelhante com as eleições presidenciais ou municipais, onde todo mundo precisa comparecer no colégio eleitoral e depositar sua preferência. No caso do pleito da Febasp, o voto é separado por entidades e cada uma delas precisa seguir determinadas normas para ter esse direito, como estar em dia com os cofres do federação, ter mais de um ano de filiação e ter participado de pelo menos três etapas do Campeonato Estadual do circuito do exercício anterior.
No dia 7 de dezembro, data da eleição, o representante que comparecer precisará estar listado na ficha de filiação da entidade. Caso não consiga aparecer por alguma razão, o clube tem o direito de nomear um outro representante, desde que através de procuração com firma reconhecida.
Como já dito no início do texto, a votação vai acontecer no dia 7 de dezembro, em São Bernardo do Campo, mais precisamente na Avenida Senador Vergueiro 2123, no bairro Rudge Ramos. A primeira convocação está marcada para começar a partir das 9h (de Brasília).
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