CPB: uma das grandes referências do badminton brasileiro
Liderado por Claudia e Rony, clube é uma importante casa da modalidade
“O Badminton é o ar que respiro em termos esportivos, 100% de importância em minha vida!”
Rony Fernandes
A palavra casa pode ser entendida como um símbolo de estabilidade, pertencimento e ambiente familiar. Todas essas definições se encaixam perfeitamente no personagem principal deste texto: o Centro Paulista de Badminton, também conhecido como CPB.
A modalidade, que não é uma das mais populares do Brasil, é definida por muitas pessoas, principalmente desconhecedores do esporte, como “extravagante”, “bizarra” e “excêntrica”. No entanto, a quantidade de gente que se reúne semanalmente no ginásio do Colégio Beatíssima, em São Paulo, para praticar badminton é realmente surpreendente, fazendo com que as cinco quadras disponíveis fiquem pequenas.
Esse combo de fatores deixa evidente a influência e a importância do CPB para o badminton estadual e nacional, pois vem formando atletas, professores e apaixonados pelo esporte de raquete mais rápido do mundo desde 1993, um ano depois da primeira participação da modalidade em Jogos Olímpicos.
Os pilares que sustentam a riquíssima história do CPB são Claudia Regina Pança e Rony Fernandes Pereira, um casal extremamente simpático que divide o amor pelo badminton com a música através da banda Frank-Einstein Jr.
“O CPB surgiu para dar continuidade ao Dragão, que foi criado por um grupo de chineses amantes do badminton aqui em SP, com o intuito de filiar à confederação, visando os torneios estaduais e nacionais”, afirmou Claudia, acrescentando que mais de mil alunos já passaram pelo CPB desde sua criação.
Rony, um dos vocalistas do Frank-Einstein Jr e muito conhecido pelas habituais piadas, foi sério e sucinto ao dizer que “dedicação” é a palavra ideal para definir o Centro Paulista de Badminton.
“Nosso objetivo é dar condições tanto técnica como físicas e táticas para os nossos atletas. O CPB, por muitos anos, foi referência no badminton, tanto que diversos atletas de outros clubes vinham treinar conosco. Além disso, muitos dos nossos atletas já foram convocados para servirem a seleção brasileira”, disse.
A história do CPB anda lado a lado com a de diversas outras pessoas. Em pouco mais de um ano frequentando o ginásio, já ouvi relatos de colegas enaltecendo o badminton e, consequentemente, o trabalho exercido no clube, pois usaram o esporte para superar os efeitos do tabagismo, a depressão e muitos outros problemas.
“Estilo de vida. É um esporte que promove o bem estar físico e mental”, comentou Claudia.
Uma coisa que é fácil perceber no CPB é o carinho e o respeito que essa sigla impõe. Em torneios, mesmo que amistosos, Claudia e Rony são conhecidos por praticamente todos e recebem só elogios, principalmente pelo profissionalismo e seriedade, bem como pela grande quantidade de anos dedicados ao esporte.
Outra característica que preciso destacar é o macarrônico e interessante intercâmbio cultural da equipe, pois chineses, taiwaneses, sul-coreanos, brasileiros, nipo-brasileiros, indianos, malaios e franceses se unem em um mesmo espaço em prol do badminton. Além disso, a equipe costuma receber também atletas paralímpicos.
Em tese, o CPB é um dos grandes patrimônios do badminton brasileiro, que vem ganhando cada vez mais adeptos em todo o país. Apesar das boas previsões de crescimento, ainda há um caminho muito longo para se percorrer para que o Brasil alcance patamares maiores no cenário da modalidade.
“O badminton brasileiro atual está em uma crescente e com mais praticantes. Porém, ainda longe de outros países, tanto no incentivo quanto no número de praticantes. Para melhorar, deveria ter mais divulgação nas escolas públicas e particulares, colocando na suas grades curriculares”, concluiu Claudia.
Para as pessoas que se interessaram em conhecer o CPB, ele abre suas portas toda segunda, terça e quinta, a partir das 19h (de Brasília). O ginásio fica localizado rua Raposo Tavares, Nº 72 - Jardim das Acácias, nas proximidades da estação Brooklin do metrô.

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