Campeão africano, Opeyori mira bons resultados pela Nigéria nas Olimpíadas
Atleta de 27 anos é uma das grandes esperanças de seu país nos Jogos de Paris
O badminton é uma modalidade extremamente popular no continente asiático, tanto que as principais forças se encontram na região, mas o esporte de raquete mais rápido do mundo também possui um bom espaço na Europa e vem ganhando cada vez mais adeptos nas Américas e na Oceania.
Infelizmente, a modalidade na África não é muito divulgada em outras partes do planeta, mas é um continente extremamente ligado ao esporte e que busca evoluir cada vez mais para alcançar resultados melhores em eventos internacionais. As recentes edições das Copas Thomas & Uber tiveram as presenças de Argélia e Uganda, respectivamente, e ambos os países conquistaram os corações dos torcedores em Chengdu, na China.
Para situar o leitor da melhor maneira possível, podemos dizer que Nigéria, Argélia, Ilhas Maurício, Egito e África do Sul são algumas das principais forças do continente no masculino, tanto que os argelinos venceram as últimas quatro edições do Campeonato Africano por equipes, que levam os campeões para a Copa Thomas. No feminino, os destaques são os mesmos dos homens, mas é necessário adicionar a Uganda na lista.
As provas de badminton do evento máximo do esporte mundial, que ocorrerá em Paris entre os dias 26 julho e 11 de agosto, terão as presenças de atletas de quatro nações diferentes da África, que são Argélia, África do Sul, Ilhas Maurício e Nigéria. Um dos principais destaques que estarão na capital francesa será o nigeriano Anuoluwapo Juwon Opeyori, tetracampeão africano de simples masculina em 2019, 2022, 2023 e 2024.
Natural de Lagos, o atleta se tornou o primeiro nigeriano na história da modalidade a se classificar pela segunda vez para as Olimpíadas. Em Tóquio, no Japão, o africano competiu nas duplas masculinas ao lado de Godwin Olofua, mas foram eliminados na fase de grupos após as derrotas para Hiroyuki Endo/Yuta Watanabe, Kim Astrup/Anders Rasmussen e Vladimir Ivanov/Ivan Sozonov.
Desta vez, Opeyori sonha em fazer uma campanha melhor na simples masculina e, em entrevista exclusiva ao A Peteca, o nigeriano não escondeu sua animação em defender mais uma vez seu país no megaevento esportivo.
“Estou muito feliz e animado por participar de um evento mundial. A última vez foi na Ásia e o ambiente estava muito bom e ótimo. Desta vez, estou ansioso para jogar na Europa. Representar o meu país em uma Olimpíada é um orgulho para mim e estou ansioso para deixá-los orgulhosos. Quero dar o meu melhor e vencer partidas se possível”, disse o badiste.
Visando uma melhor preparação para os Jogos de 2024, Opeyori confirmou a informação veiculada recentemente pelo portal Daily Trust de que realizará uma viagem de treinamento de três semanas na Itália, mas o atleta revelou que seu visto ainda não saiu, o que coloca em dúvida a ida para a nação europeia. O nigeriano selecionou o “país da bota” por possivelmente ter uma duração de treinamento maior em comparação com a Malásia.
Os bons resultados de Opeyori em competições na África levantaram a moral e as esperanças de vermos o atleta surpreender nas Olimpíadas. O badiste comentou que o nível do badminton no continente e na Nigéria está melhorando, mas que ainda é necessário enfrentar atletas de peso para aprimorar as habilidades.
“O talento realmente existe e estamos melhorando muito. Os nigerianos estão surgindo, mas só precisavam de mais exposição para verificar o seu nível, mas diria que é bom o suficiente para participar de desafios internacionais, então nosso nível é suficiente para participarmos de torneios Super 100 e 300. Precisamos jogar mais e treinar com jogadores mais fortes para aprimorar nossas habilidades e sermos capazes de aguentar a pressão”, analisou Opeyori.
Após o possível estágio de treinamento na Itália, o multicampeão africano se concentrará ao longo do mês de julho na Alemanha, mas voltará ao continente natal para disputar o International das Ilhas Maurício, entre os dias 11 e 14 do próximo mês.
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