Bunka SCS: vontade, dedicação e diversão para alcançar topo do Brasil
Pedro Pahor é um dos pilares do projeto da equipe do ABC Paulista
“O badminton é minha vida e digo com tranquilidade. Me sinto muito privilegiado de poder viver de badminton, não tem um dia que vou trabalhar que eu estou chateado. Badminton realmente é minha vida”.
Pedro Pahor
Uma das cidades com melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, São Caetano do Sul, no ABC Paulista, é um local recordado no esporte graças aos fantásticos desempenhos do Azulão no início da década de 2000 no futebol, mas o município também se destaca por ter um ambiente muito poliesportivo, tanto que o badminton não fica de fora desta egrégora.
No esporte de raquete mais rápido do mundo, o Bunka SCS é o responsável por levar o nome da cidade nos mais diversos torneios por São Paulo e pelo Brasil. Com seu logotipo vermelho, o que nos faz recordar da bandeira japonesa, a equipe também carrega o tradicional azul em seu uniforme, coloração que tem muita identificação com São Caetano do Sul.
Desde 2013 competindo nos principais torneios de São Paulo, sem esquecer das participações no Nacional, o Bunka SCS não para de crescer conforme os anos e os objetivos traçados também acompanham essa positiva evolução. Nome respeitado no cenário paulista da modalidade, a meta dos sul-caetanenses é se tornar uma das melhores equipes do Brasil, mas antes de atingir esse degrau, o clube pretende abocanhar um top-3 nos Jogos Abertos e no Estadual.
“Eu espero que a gente consiga continuar o projeto, tanto que não vejo motivos para não prosseguir, e realmente se tornar uma das melhores equipes do Brasil. Também tenho como objetivo ver todo mundo melhorando o seu nível e conseguindo resultados e desempenhos melhores, além de seguir ampliando nossa base para ter mais gente participando. Eu realmente acredito que temos condições de em alguns anos sermos um dos melhores do Brasil e precisamos de gente, mas estamos conseguindo trabalhar nisso”, analisou Pedro Pahor, um dos treinadores do Bunka SCS, em entrevista ao A Peteca.
Embora eu mencione isso em quase todo texto, não custa reforçar que o badminton está em constante evolução no Brasil, o que deixa a meta de buscar mais pessoas para participar do projeto bastante palpável. Um incentivo é que o Bunka SCS não tem mensalidade e abraça vários jovens atletas, fatores extremamente positivos para o futuro da modalidade. Pahor, por sua vez, declarou que a evolução dos jogadores vem com muito esforço, amor pelo trabalho e, principalmente, diversão.
“Se a gente não se esforçar e fizer o máximo que podemos, não temos chance nenhuma. Pessoalmente, eu tento não focar tanto no resultado, mas muito no processo, então, eu acredito que se conseguirmos trabalhar com intensidade, vontade, honestidade, transparência e amor, certamente vamos sempre evoluir. No entanto, para mim, a base mais importante do badminton é que precisa ser divertido, acho que todos, até mesmo os profissionais, devem ir embora do treino achando que foi legal. Eu tento aplicar isso em todos os treinos que faço, pois considero a maior derrota para mim se um dia alguém chegar e falar que meu treino foi chato”, revelou Pahor, que também é treinador no Pinheiros.
Muitas mãos estão envolvidas no projeto da equipe, como as do técnico Filipe Toledo e dos diretores Nelson Pozzi, Patrícia Egima, João Pedrozo e Adriane Avila, mas não é possível escrever um texto sobre o Bunka SCS e não mencionar a importância da Escola Técnica Estadual (ETEC) Jorge Street, pois o time competitivo praticamente não pisa no Bunka, pois os treinos do plantel são realizados no ginásio da escola em virtude de uma parceria fechada com Pahor em 2022.
Na conversa, o treinador destacou que foi muito bem recebido na instituição de ensino e rasgou elogios ao local, bem como para a diretora Madalena Riva e o professor Paulo Flekner. Os dois profissionais foram importantes para a continuidade do projeto, tanto que o fechamento do acordo foi definido por Pahor como um dos dias mais felizes de sua vida.
A paixão pela modalidade e a determinação em prol do badminton são nítidas em Pahor, tanto que parece ser uma fonte inesgotável. Os olhos atentos ao desenvolvimento de jovens atletas de forma leve, mas comprometida, e o conhecimento obtido com os anos no esporte são diferenciais que o transformam em uma referência e em um personagem importante, principalmente ao Bunka SCS e aos outros clubes em que trabalha.
Após escrever aqui no Substack sobre três equipes (CPB, Badminton ZN e Itapeti), é cada vez mais evidente o quanto as histórias dos clubes se misturam com as de seus treinadores, sendo praticamente impossível desassociar uma coisa da outra, pois a modalidade ainda exige muito suor e trabalho duro para acontecer, apesar da clara evolução conquistada nos últimos anos. A história de Pahor, inclusive, me recorda muito a contada por mim do professor Fabio Gomes Rocha.
No geral, ao lado de Pahor e de outros nomes que compõe o corpo técnico, o Bunka SCS segue seu processo de evolução para alcançar voos mais altos em um futuro próximo, um sonho muito perseguido por várias equipes que desejam ter maior espaço e visibilidade no badminton nacional, principalmente no cenário paulista, palco de diversos times de extrema qualidade.
Com a força de seu belo manto azul e a mentalidade vencedora de seus treinadores, incluindo Pahor, o Bunka SCS está seguindo o caminho certo para alcançar o nível máximo da modalidade no país.
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Ter meu nome citado em um texto que fala do Mestre Pedro Pahor é uma das mais altas honrarias que recebi. O Pedro me ajudou demais no inicio do meu trabalho com o Badminton e até hoje é uma das minhas referências. Parabéns pela bela escrita acerca deste Fantástico Técnico e Professor que é o Pedro Pahor.