Badminton ZN: uma "paixão" que concretizou um sonho
Comandado por Fabio Gomes Rocha, equipe é uma referência do badminton na Zona Norte de SP
“Passei a falar de badminton pra lá e pra cá em todos os dias. Minha vida é o badminton. Passei a viver, comer, respirar e dormir badminton. Ele mudou completamente minha vida.”
Fabio Gomes Rocha
A história da relação entre o professor Fabio Gomes Rocha com o esporte de raquete mais rápido do mundo e o Badminton Zona Norte (Badminton ZN) é mais uma prova que absolutamente tudo o que acontece em nossas vidas possui um propósito e não ocorre por um mero acaso.
Principal estrela do texto, o Badminton ZN foi fundado em 2021 e acolhe semanalmente dezenas de pessoas interessadas pela modalidade, além de marcar presença de forma constante em torneios na capital paulista. Os treinos ocorrem na Sociedade Esportiva Palmeirinha do Carandiru, um pequeno clube localizado em Santana, em São Paulo.
Na minha opinião, com base no que vi em campeonatos e no treino que tive o prazer de participar, o Badminton ZN é uma família inseparável e sempre de braços abertos para receber novos membros. Apesar da seriedade e da alta intensidade dos trabalhos, o clube possui uma atmosfera maravilhosa e acolhedora, sendo praticamente impossível não se divertir durante os dias em que o som da peteca ressoa no ginásio.
“Eu acredito em algumas coisas, nas coincidências da vida. Ele [Eduardo] foi um cara que apareceu para me instigar e mostrar que eu tinha que correr atrás de alguma coisa. Ele veio com a ideia [de formar o Badminton ZN] e a minha esposa, Monica, me apoiou. Eu já tinha pensado em algo desse tipo antes, mas nunca tinha tido a coragem, mas dessa vez eu tive para iniciar algo que sempre persegui”, explicou Fabio sobre a origem do clube, mencionando a pessoa que deu o “empurrãozinho” para ele criar a equipe de badminton.
Estagnação é uma palavra que não consta no dicionário de Fabio e do Badminton ZN, pois o professor e a sua equipe estão sempre em busca de evoluir. Uma das metas é se tornar uma referência do esporte na região da Zona Norte de SP, além de desenvolver um projeto gratuito para crianças carentes e ter uma sede própria.
A prova que o trabalho está sendo bem feito é que o projeto teve um crescimento exponencial em termos de alunos, apesar de o badminton ainda não ser um esporte tão popular no Brasil. Essa disparada na procura pelo Badminton ZN forçou Fabio, que ainda tem bastante experiência no parabadminton, a aumentar a quantidade de aulas durante a semana.
“Paixão é uma palavra adequada para definir o badminton. Todos os lugares que fui para pedir informação e aprender fui muito bem tratado, como no CPB e até com o técnico da seleção brasileira, Marco Vasconcellos, que me tratou muito bem. Isso me fez sentir apaixonado, então essa paixão virou um grande amor”, afirmou Fabio, que conheceu a modalidade graças à épica final da simples masculina das Olimpíadas de 2008, em Pequim.
Por fim, o comandante do Badminton ZN falou sobre o atual momento do esporte no Brasil, tendo em vista a recente participação do país nas eliminatórias para as Copas Thomas & Uber e os atletas empenhados no circuito internacional da Federação Mundial de Badminton (BWF) na Europa.
“O momento do badminton no Brasil é bom e interessante. Se a gente for pensar no alto rendimento, os atletas estão indo para várias competições internacionais com bastante constância, enquanto no parabadminton, temos tido boas participações nos torneios mundiais. No entanto, sempre tem coisas a melhorar, e as escolas são primordiais. Conseguir levar o badminton para as aulas de educação física é algo que vai trazer no futuro mais frutos. Atualmente, o grande celeiro de atletas são os projetos sociais, mas isso pode amplificar, através de um maior investimento nestes projetos e também na capacitação de professores de educação física para atuar com badminton e parabadminton nas escolas”, analisou.
No geral, a história do Badminton ZN é um misto de “paixão”, “sonho” e grandes ambições. O projeto vencedor de Fabio, que sempre está em constante evolução, continua firme em seus trilhos como uma locomotiva a pleno vapor sem um destino final. Só tenho que agradecer ao professor, a Monica e todos os alunos do clube por todo carinho e confiança.
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