A divulgação do badminton é extremamente importante
Sejamos francos...não dá para ficar de braços cruzados esperando a grande mídia
Como jornalista, praticante de badminton e vivendo no Brasil, posso afirmar que a grande mídia não tem um enorme interesse em divulgar matérias sobre a modalidade, apesar do constante crescimento do esporte e da sua surpreendente aparição em dois programas bastante conhecidos a nível nacional.
O badminton costuma entrar em pauta nos grandes veículos de comunicação em anos de Jogos Olímpicos, como é o caso de 2024, e de Pan-Americanos, sendo o próximo em 2027, em Lima. Tirando isso, a veiculação de notícias sobre a modalidade é baixíssima, salvo em momentos extraordinários, como a triste lesão da piauiense Sania Lima, eleita melhor atleta de badminton do ano no Brasil.
Em comparação com vôlei, tênis, futebol e outros esportes, os amantes do badminton ficam quase que totalmente alheios ao que acontece na modalidade. Quase ninguém divulgou, por exemplo, que vários atletas brasileiros estão fazendo um tour pela Europa em competições importantes da Federação Mundial de Badminton (BWF).
Tirando os perfis de Instagram, TikTok, Koo, Twitter (X) e Facebook, a modalidade é bastante mencionada pelos portais do Surto Olímpico e do Olimpíada Todo Dia (OTD), que costumam cobrir as participações dos brasileiros nos circuitos internacionais. No entanto, vale destacar que o badminton e o parabadminton dividem espaço com dezenas de outros esportes em ambos os sites.
Os trabalhos dos dois veículos citados acima são importantes para o badminton, sem dúvidas alguma, mas o diferencial mesmo está em pessoas que cobrem esse esporte praticamente em carreira solo nas redes sociais, como o Papo Badminton (@papobadminton) e o Badminton Montes Claros (@badmintonmoc), por exemplo.
Não importa se a divulgação que, obviamente, precisa ser correta, concisa e responsável, aconteça em vídeos, stories, posts ou textos, pois o que vale mesmo é a intenção de propagar a “voz” do badminton por aí, ou seja, mostrar a força desse esporte tão importante. Uma coisa que aprendi é que o universo dessa modalidade é gigantesco e parece não ter fim!
Trabalho com notícias há quase uma década e amo esse serviço, assim como sou apaixonado pelo badminton, que literalmente mudou minha vida em quase dois anos. Sempre prometi a mim mesmo que eu faria uma boa ação ao esporte, então estou pagando o meu débito escrevendo notícias e divulgando histórias através das palavras, que são um dos meus pontos mais fortes.
Pouco a pouco a união de todos esses divulgadores do badminton trará frutos maravilhosos, como bastante conhecimento aos fãs e praticantes do esporte que não possuem facilmente acesso à informações sobre a modalidade. Assim como é importante divulgar os passos dos principais atletas do país pelo mundo, é igualmente necessário mostrar quem são os responsáveis - pessoas, clubes ou projetos sociais - por formarem a próxima geração brasileira, como CPB (Rony e Claudia), Badminton ZN (Fabio), Pinheiros, Paulistano, Itapeti, Bunka SCS e tantos outros em São Paulo e no restante da nação.
Cada um da sua maneira e no seu próprio tempo vai contribuindo para a evolução do esporte, o que é natural. No meu caso, como jornalista, tento aliar minha amada profissão com esse esporte maravilhoso que tantas alegrias já me deu e ainda dá. Ao contrário do futebol, ambiente que convivi como praticante por longos anos e ainda convivo como profissional da imprensa, o badminton possui um ambiente menos hostil e mais acolhedor, claramente com algumas pequenas exceções, mas já é uma importante receita para um futuro promissor.
Sendo franco com você, leitor (a), a minha ideia nunca foi ser reconhecido, ter milhares de seguidores ou coisa do tipo, mas mostrar as pessoas e lugares que fazem a manivela desse esporte seguir girando. Costumo dizer que o badminton tem magia e é muito bom divulgar esse poder místico da modalidade de raquete mais rápida do mundo.
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